Quais os impactos dos jogos reduzidos no desenvolvimento de habilidades em jogadores de Futsal?

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Estudo realizado por pesquisadores brasileiros, investigou como os jogos reduzidos podem realmente impulsionar o aprendizado e o aprimoramento das habilidades dos jogadores de Futsal.

Liderado por Rafael Batista Novaes, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, o estudo científico foi publicado na Revista Corpoconsciência e contou também com a colaboração de outros pesquisadores da Universidade de São Paulo: Rene Drezner, Thiago André Rigon, Fabio Ferreira Nogueira e Luiz Eduardo Pinto Bastos Tourinho Dantas.

Por que o estudo foi realizado?

O principal objetivo dos pesquisadores era verificar se a prática constante de jogos reduzidos, combinada com orientações específicas, realmente ajuda os jogadores a desenvolverem melhor suas habilidades e a aplicarem o que aprenderam em jogos de futsal completos.

Como foi realizado?

Os pesquisadores acompanharam 18 jovens jogadores de futsal masculino com idades entre 15 e 19 anos ao longo de 17 sessões de treino. Durante essas sessões, eles utilizaram jogos reduzidos com limite no número de toques na bola.

Os pesquisadores compararam o desempenho dos atletas nesses jogos menores com o desempenho em jogos de futsal normais, observando ações como passes e movimentação sem a bola.

Principais resultados

A análise dos dados revelou que os jogos reduzidos realmente incentivaram os jogadores a trocarem mais passes e a se movimentarem melhor para receber a bola sem marcação. O mais importante é que essas ações, praticadas nos jogos reduzidos, se tornaram mais frequentes e de melhor qualidade nos jogos de futsal completos.

Outras ações não diretamente focadas nos jogos reduzidos não sofreram alterações significativas, o que indica que o método de treino atingiu seus objetivos específicos. Os pesquisadores observaram que a forma como os jogadores faziam a bola circular nos jogos reduzidos começou a aparecer também nos jogos completos, mostrando que um estilo de jogo estava sendo desenvolvido ao longo do treinamento.

Portanto, o estudo oferece evidências de que usar jogos reduzidos de forma organizada e com instruções claras pode ser uma ferramenta eficaz para o aprendizado e a melhora das habilidades no futsal.

 
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Rodrigo Aquino

Rodrigo Aquino é professor na Universidade Federal do Espírito Santo, onde atua no Departamento de Desportos e como docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (Mestrado e Doutorado).

É líder do Grupo de Estudos Pesquisa em Ciências no Futebol (GECIF/UFES) e coordenador do Programa Academia e Futebol (Núcleo UFES), financiado pelo Ministério do Esporte. Seu trabalho envolve a coordenação de projetos técnico-científicos em parceria com categorias de base e equipes profissionais de futebol no Brasil.

Rodrigo é graduado em Educação Física e Esporte pela USP, com especialização em Ciências do Desporto pela Universidade do Porto. Concluiu o mestrado e doutorado em Ciências também pela USP. Acumula experiência prática no futebol desde 2015 como fisiologista e preparador físico em clubes profissionais, além de atuar como treinador e coordenador técnico em categorias de base. Reconhecido academicamente, está entre os 10 cientistas do esporte mais produtivos da América Latina em publicações científicas relacionadas ao futebol.

Neto Pereira

Neto Pereira é um profissional de preparação física e performance esportiva com experiência em clubes do Brasil e do exterior. Atualmente é Preparador Físico no sub-20 do Vasco da Gama.

Trabalhou como Head Performance and Fitness Coach no FC Semey do Cazaquistão (2024). Foi Preparador Físico no Confiança (2023-2024) e Head of Performance and Health no Avaí (2022-2023). Também exerceu o cargo de Coordenador de Performance no Confiança (2022) e trabalhou como Fisiologista no CRB (2021-2022) e no próprio Confiança (2019-2021).

Possui Mestrado em Saúde e Educação Física pela Universidade Federal de Sergipe e Especialização em Desempenho Humano pela Universidade Tiradentes (Unit). Suas principais competências incluem preparação física, análise de desempenho, força, potência e velocidade no esporte.

Rafael Grazioli

Rafael Grazioli, natural de Canoas (RS), é formado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde também concluiu mestrado e doutorado em Ciências do Movimento Humano.

Com nove anos de experiência atuando como coordenador científico e fisiologista no futebol profissional, ele passou as últimas três temporadas no Guarani de Campinas (SP) antes de ser anunciado pelo Criciúma em janeiro de 2025.