O que é marketing esportivo?

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Imagem de StockSnap por Pixabay

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Em primeiro lugar o marketing é uma área da comunicação social que dentre outras está relacionado à publicidade e a propaganda. Entretanto o marketing esportivo é mais estratégico, ligando cliente e empresa com o objetivo de gerar valor para ambas as partes.

Do mesmo modo, nos esportes, como o futebol, o marketing é uma ferramenta de comunicação que aproxima clube e torcida, indo muito além das quatro linhas. Ele é explorado através de ações em dias de jogos, lançamentos de uniformes e interações nas mídias sociais.

Onde surgiu o marketing esportivo?

A princípio, existem duas histórias sobre o surgimento do marketing esportivo. Em 1850 John Wisden que era dono de uma marca de roupas em Londres decidiu patrocinar um almanaque de Críquete. No almanaque ele inseriu seus produtos em algumas páginas para terem uma exposição juntamente com o esporte.

Logo depois, a Spalding patrocinou um almanaque das Olimpíadas de Saint Louis em 1904 onde utilizava algumas páginas para expor seus produtos.

Origem do marketing esportivo no Brasil

O primeiro case de marketing esportivo no Brasil envolveu o jogador Leônidas da Silva e a empresa brasileira Lacta. Leônidas foi um grande jogador e teve grandes conquistas na carreira, por isso a imprensa começou a chamá-lo de Diamante Negro. Nesse sentido, a Lacta decidiu homenageá-lo criando um chocolate para ter o apelido de um dos maiores jogadores brasileiros da história. E nem preciso dizer que o chocolate fez muito sucesso não é mesmo?  Afinal de contas todo mundo já ouviu falar do Diamante Negro.

Brasileiro versus o europeu

No Brasil o futebol não é visto como um produto, portanto os clubes fazem poucas ações fora das quatro linhas. Já na Europa, os principais clubes utilizam ações de marketing como umas das suas fontes de receita. As ações de marketing em plataformas digitais ou em dias de jogos são uma forma de atrair e captar novos torcedores.

Dessa forma, os torcedores brasileiros são pouco incentivados a se envolverem com seu clube fora do estádio. Poucos clubes brasileiros possuem envolvimento com sua torcida pelas redes sociais, lançamento de produtos ou programa de sócio-torcedor. Logo, o torcedor europeu é mais envolvido com o clube por ter mais vantagens e ser mais incentivado a assistir uma partida no estádio. Por fim, os clubes brasileiros podem acabar “perdendo” torcedores para clubes europeus por não ter tanto envolvimento com a torcida.

Veja abaixo um episódio em nosso Podcast sobre o assunto:

Contato da autora – Instagram: @borges_aline08

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Rodrigo Aquino

Rodrigo Aquino é professor na Universidade Federal do Espírito Santo, onde atua no Departamento de Desportos e como docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (Mestrado e Doutorado).

É líder do Grupo de Estudos Pesquisa em Ciências no Futebol (GECIF/UFES) e coordenador do Programa Academia e Futebol (Núcleo UFES), financiado pelo Ministério do Esporte. Seu trabalho envolve a coordenação de projetos técnico-científicos em parceria com categorias de base e equipes profissionais de futebol no Brasil.

Rodrigo é graduado em Educação Física e Esporte pela USP, com especialização em Ciências do Desporto pela Universidade do Porto. Concluiu o mestrado e doutorado em Ciências também pela USP. Acumula experiência prática no futebol desde 2015 como fisiologista e preparador físico em clubes profissionais, além de atuar como treinador e coordenador técnico em categorias de base. Reconhecido academicamente, está entre os 10 cientistas do esporte mais produtivos da América Latina em publicações científicas relacionadas ao futebol.

Neto Pereira

Neto Pereira é um profissional de preparação física e performance esportiva com experiência em clubes do Brasil e do exterior. Atualmente é Preparador Físico no sub-20 do Vasco da Gama.

Trabalhou como Head Performance and Fitness Coach no FC Semey do Cazaquistão (2024). Foi Preparador Físico no Confiança (2023-2024) e Head of Performance and Health no Avaí (2022-2023). Também exerceu o cargo de Coordenador de Performance no Confiança (2022) e trabalhou como Fisiologista no CRB (2021-2022) e no próprio Confiança (2019-2021).

Possui Mestrado em Saúde e Educação Física pela Universidade Federal de Sergipe e Especialização em Desempenho Humano pela Universidade Tiradentes (Unit). Suas principais competências incluem preparação física, análise de desempenho, força, potência e velocidade no esporte.

Rafael Grazioli

Rafael Grazioli, natural de Canoas (RS), é formado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde também concluiu mestrado e doutorado em Ciências do Movimento Humano.

Com nove anos de experiência atuando como coordenador científico e fisiologista no futebol profissional, ele passou as últimas três temporadas no Guarani de Campinas (SP) antes de ser anunciado pelo Criciúma em janeiro de 2025.