O que funciona melhor para recuperar os músculos de jogadores de Futebol?

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Um novo estudo, realizado por um grupo de cientistas do esporte liderados por Alex Buoite Stella da Universidade de Trieste na Itália foi publicado na revista científica Sports. O objetivo do estudo era investigar a eficácia de duas técnicas populares de recuperação muscular em jogadores de futebol: a imersão em água fria e a terapia de massagem percussiva.

A pesquisa foi realizada com 16 atletas de futebol masculinos, e comparou os efeitos dessas técnicas, a imersão em água fria e a terapia de massagem percussiva, com o repouso passivo após um treino extenuante.

Descobertas Principais

Os resultados mostraram que a terapia de massagem percussiva, aplicada com um aparelho de massagem vibratória, aumentou significativamente a força muscular do quadríceps após o tratamento e ainda 24 horas depois.

Já a imersão em água fria, que consistia em 12 minutos em água a 10 graus Celsius, não teve impacto direto na força muscular, mas aumentou o tempo de contração muscular do reto femoral, o que pode indicar uma recuperação mais rápida da fadiga.

Em relação à dor muscular, ambas as técnicas se mostraram mais eficazes que o repouso passivo, proporcionando alívio significativo da dor após o treino.

Além disso, a pesquisa também analisou os efeitos das duas técnicas em parâmetros da tensiomiografia (TMG), uma técnica que avalia a função muscular. Os resultados foram inconsistentes, com a imersão em água fria aumentando o tempo de contração muscular; e a terapia de massagem percussiva mostrando uma tendência de redução da rigidez muscular.

Conclusão

Os autores do estudo concluem que tanto as duas técnicas podem ser estratégias eficazes para a recuperação muscular em jogadores de futebol, porém mais pesquisas são necessárias para entender melhor seus mecanismos de ação específicos.

Portanto, para uma abordagem prática, o artigo científico destaca a importância de estratégias de recuperação personalizadas para atletas, levando em consideração as necessidades individuais e os objetivos de cada jogador.

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui

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Rodrigo Aquino

Rodrigo Aquino é professor na Universidade Federal do Espírito Santo, onde atua no Departamento de Desportos e como docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (Mestrado e Doutorado).

É líder do Grupo de Estudos Pesquisa em Ciências no Futebol (GECIF/UFES) e coordenador do Programa Academia e Futebol (Núcleo UFES), financiado pelo Ministério do Esporte. Seu trabalho envolve a coordenação de projetos técnico-científicos em parceria com categorias de base e equipes profissionais de futebol no Brasil.

Rodrigo é graduado em Educação Física e Esporte pela USP, com especialização em Ciências do Desporto pela Universidade do Porto. Concluiu o mestrado e doutorado em Ciências também pela USP. Acumula experiência prática no futebol desde 2015 como fisiologista e preparador físico em clubes profissionais, além de atuar como treinador e coordenador técnico em categorias de base. Reconhecido academicamente, está entre os 10 cientistas do esporte mais produtivos da América Latina em publicações científicas relacionadas ao futebol.

Neto Pereira

Neto Pereira é um profissional de preparação física e performance esportiva com experiência em clubes do Brasil e do exterior. Atualmente é Preparador Físico no sub-20 do Vasco da Gama.

Trabalhou como Head Performance and Fitness Coach no FC Semey do Cazaquistão (2024). Foi Preparador Físico no Confiança (2023-2024) e Head of Performance and Health no Avaí (2022-2023). Também exerceu o cargo de Coordenador de Performance no Confiança (2022) e trabalhou como Fisiologista no CRB (2021-2022) e no próprio Confiança (2019-2021).

Possui Mestrado em Saúde e Educação Física pela Universidade Federal de Sergipe e Especialização em Desempenho Humano pela Universidade Tiradentes (Unit). Suas principais competências incluem preparação física, análise de desempenho, força, potência e velocidade no esporte.

Rafael Grazioli

Rafael Grazioli, natural de Canoas (RS), é formado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde também concluiu mestrado e doutorado em Ciências do Movimento Humano.

Com nove anos de experiência atuando como coordenador científico e fisiologista no futebol profissional, ele passou as últimas três temporadas no Guarani de Campinas (SP) antes de ser anunciado pelo Criciúma em janeiro de 2025.