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Estudo comparou a carga de treinamento entre titulares e reservas

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No futebol profissional, a otimização da carga de treinamento é essencial para garantir o desempenho máximo dos jogadores e evitar lesões. Um estudo recente publicado na revista científica Acta Gymnica, conduzido pelo pesquisador argentino Javier Vilamitjana e colaboradores, investigou as diferenças na carga de treinamento e jogo entre jogadores que iniciam as partidas (“starters” ou titulares) e aqueles que geralmente entram no decorrer do jogo (“non-starters” ou reservas). Os resultados revelaram detalhes importantes para entender como preparar melhor os jogadores durante a temporada.

Como o estudo foi realizado

O principal objetivo do estudo foi comparar as taxas de carga acumulativa de jogos e treinamentos e a respectiva razão treino/jogo entre jogadores não titulares e titulares de um time de futebol profissional argentino durante dois períodos da temporada (período regular de competição vs. período de congestão de jogos).

Ao todo foram 20 atletas, sendo 10 jogadores considerados titulares, aqueles que começaram a partida e completaram pelo menos 60 minutos em três jogos consecutivos; enquanto os outros 10 foram classificados como não titulares (a maioria dos jogos jogados como substitutos) ao longo de dois períodos de 8 semanas.

A pesquisa utilizou dados coletados por meio de sistemas de posicionamento global (GPS) que monitoraram a carga externa durante treinos e jogos. Os parâmetros analisados incluíam distâncias percorridas em diferentes intensidades, número de sprints, acelerações e desacelerações, além da carga metabólica.

Principais resultados do estudo

O estudo confirmou que, apesar de treinar com as mesmas tarefas e intensidades, os “reservas” apresentaram um nível de carga similar aos “titulares” durante os jogos. Isso sugere que, mesmo sem jogar por longos períodos, os jogadores que entram no decorrer do jogo conseguem manter um bom nível de condicionamento físico.

No entanto, uma diferença significativa foi observada na carga relativa ao treinamento em relação aos jogos. Os “reservas” apresentaram valores mais baixos para atividades de alta intensidade, como corridas rápidas e sprints, especialmente durante o período regular da temporada. Isso indica que, apesar de manterem um nível de carga similar aos “titulares” durante os jogos, eles podem estar recebendo menos estímulo de treinamento específico para desenvolver a capacidade de alta intensidade.

Conclusões importantes para a prática

Essa descoberta aponta para a importância de ajustar o treinamento dos “reservas” de acordo com as demandas do jogo. Para os jogadores que frequentemente entram no decorrer do jogo, o treinamento deve incluir atividades que simulem a intensidade e o ritmo das partidas, como jogos em formato reduzido com alta intensidade e duração curta.

É essencial lembrar que os “reservas” desempenham um papel crucial para o sucesso do time, pois estão prontos para entrar em campo e contribuir com o desempenho da equipe. Eles devem estar preparados para lidar com a alta intensidade e demanda física do futebol profissional, e o treinamento adequado é crucial para garantir sua capacidade de performance.

Os resultados deste estudo fornecem dados valiosos para profissionais de performance, preparadores físicos e treinadores de futebol, incentivando-os a desenvolver estratégias de treinamento individualizadas, otimizando a carga de treinamento e maximizando o potencial da equipe como um todo.

Para ler o artigo na íntegra, clique aqui

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