Jogador profissional de futebol e as faculdades americanas

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Foto de Omar Ramadan/Pexels

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Descubra como as universidades americanas podem ajudar nos sonhos de quem deseja ser um jogador de futebol profissional!

Qualquer jovem com uma paixão intensa pelo futebol e um desejo ardente de se tornar um jogador profissional terá que fazer sacrifícios para chegar ao topo. Dessa forma, isso pode significar abrir mão do tempo livre, ficar longe de casa ou ter uma vida social menos ativa.

Como se não bastassem esses desafios, os números mostram a extrema competitividade da área entre crianças que ingressam nas academias aos nove anos: menos de 2% chegam ao futebol profissional.

Então, para tentar driblar esses obstáculos em busca de seus sonhos, muitos jovens apostam em um caminho diferente até o mundo dos profissionais: através do ingresso em faculdades americanas.

Antes de mais nada, é fundamental que você entenda o que é necessário para se tornar um bom jogador de futebol. 

O que é preciso para se tornar um jogador de futebol profissional?

Os clubes e equipes têm demandas cada vez maiores e estão se tornando cada vez mais sofisticados nos processos de seleção usados para encontrar jogadores.

Embora as expectativas possam mudar dependendo do clube, alguns procuram mais do que talento natural. Isto é, eles podem esperar que os jogadores demonstrem compreensão da dedicação exigida para se tornar um atleta de futebol profissional.

Alguns dos principais pontos incluem:

Motivação para jogar

O sonho de jogar futebol profissionalmente em estádios lotados para ganhar a vida pode ser uma motivação suficiente. Assim, concentrar-se em ser o melhor, nunca perder o senso do porquê começou a jogar futebol, lembrar-se de continuar sorrindo e curtir o jogo são motivações úteis. Portanto, combinar responsabilidade com diversão é sempre essencial para permanecer motivado.

Confiança em sua habilidade no futebol

Se um jovem atleta quer se tornar um jogador de futebol profissional, é vital que ele confie em suas habilidades e tenha o desejo de sempre aprimorá-las. Por outro lado, caso eles não acreditem no que podem fazer, as chances do clube dispensá-los são grandes.

A autoconfiança nos jogadores de futebol vem de várias formas, desde a linguagem corporal e a comunicação até a preparação que garante que eles estarão prontos para qualquer situação.

Estilo de vida saudável e equilibrado

Para ser profissional é preciso ser mais que somente jogador de futebol: é necessário primeiro se tornar um atleta. Isso deriva do estilo de vida e influencia todos os hábitos comportamentais. Ou seja, uma alimentação saudável e equilibrada ajudará a manter o corpo em boa forma, o que se refletirá no desempenho em campo.

Consciência tática, conhecimento do jogo e desejo de aprender

O futebol não é jogado apenas em campo, mas também dentro da cabeça. Um jovem jogador que está ciente do seu papel nas várias formações pode ser um recurso valioso para o clube.

Os conhecimentos do jogo são relevantes para a progressão e podem ser trabalhados através de vídeos, replays de partidas ou estudando diferentes estilos de jogo e treinamentos.

No entanto, mesmo cumprindo todos esses requisitos ainda há empecilhos e dificuldades para iniciar a carreira. Como resultado, alguns brasileiros têm encontrado no exterior a tão sonhada oportunidade.

Estudar fora pode ser a solução

No mundo moderno, é perfeitamente possível para um jogador equilibrar uma carreira acadêmica de sucesso com sua paixão e ambição pelo futebol. Na verdade, para os jogadores mais focados e dedicados, o céu não é o limite. Com a atitude certa, um jovem pode realizar grandes feitos em mais de uma área.

Inclusive, essa é uma das maiores razões pelas quais jovens estão se matriculando em programas para estudar em universidades americanas. Isso porque, além de oferecer todo o suporte teórico, o futuro jogador tem acesso a um ambiente capaz de atender todas as necessidades citadas acima.

No futebol universitário os atletas podem apostar em duas carreiras. Os jogadores são estudantes-atletas: treinam uma parte do dia e são cobrados rigidamente pelo bom desempenho escolar. Assim, quem não tem boas notas, não entra no time. É preciso ter talento acima da média para ser selecionado e se preparar para os testes de proficiência em inglês (TOEFL e SAT).

Para facilitar o caminho, muitos jovens atletas recorrem a agências especializadas em intercâmbio esportivo e acadêmico. O pacote de serviços inclui palestras sobre o funcionamento das universidades americanas, treinos e amistosos para monitoramento das capacidades esportivas e aulas de inglês. A preparação pode levar de 8 a 14 meses.

O estudo pode melhorar seu jogo

Os estudos acadêmicos não devem ser vistos como um obstáculo à paixão de uma pessoa pelo futebol. Em vez disso, eles devem ser vistos como um benefício. O estímulo intelectual pode ser uma ajuda importante na construção da mentalidade de atleta.

O sucesso acadêmico muitas vezes pode complementar ou mesmo impulsionar o sucesso no campo de futebol.

Os jogadores que estudam aprenderão a permanecer disciplinados e focados, podendo achar mais fácil desenvolver a inteligência do jogo necessária para aplicar com eficácia diferentes técnicas e táticas no campo de futebol.

Um atleta bem treinado também pode achar mais fácil lidar com outros aspectos de ser um profissional, por exemplo, o relacionamento com clubes, treinadores, contadores, agentes e a mídia.

Além disso, ao conviver em um ambiente que oferece toda a infraestrutura necessária para estimular seu potencial, seu futuro profissional só tende a se beneficiar, dentro e fora do gramado.

Portanto, se você tem interesse em se tornar um jogador de futebol ou conhece alguém com esse sonho, considere incluir uma universidade americana na sua lista de possíveis opções.

Caso siga por esse caminho, comece a estudar com ainda mais foco, domine o inglês, deixe sempre os documentos em dia e, de preferência, com a tradução juramentada de cada um e pesquise bem as universidades e programas que recebem brasileiros interessados.

Ouça um episódio do Podcast sobre o assunto:

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João Bonfatti

João Bonfatti atualmente trabalha como Coordenador do setor de Análise de Desempenho no América-MG. Antes disso, teve passagens pelo Vasco da Gama, onde atuou em diferentes categorias: foi auxiliar técnico do Sub-20, treinador interino do Sub-17 e auxiliar técnico do Sub-17.

Atuou também pelo Atlético-MG, onde desempenhou o papel de auxiliar técnico do Sub-15. No Corinthians, auxiliar técnico do Sub-14, além de exercer a função de supervisor metodológico.

Sua formação inclui o Bacharelado em Futebol pela Universidade Federal de Viçosa e a Licença B da CBF Academy, o que reforça sua base teórica e prática no desenvolvimento de atletas.

Felipe Bonholi

Felipe Bonholi integra a equipe do Palmeiras como Analista de Desempenho no Centro de Formação de Atletas (CFA), contribuindo para o desenvolvimento e acompanhamento de jovens talentos.

Antes disso, acumulou cinco anos de experiência na Ferroviária, onde atuou como Analista de Desempenho da equipe profissional, e no São Carlos Futebol Clube na mesma função.

Sua formação acadêmica inclui Bacharelado em Administração de Empresas pela UNIARA (2014–2017) e graduação em andamento em Educação Física pela mesma instituição, iniciada em 2019.

Com sólida base teórica e ampla experiência prática, Felipe Bonholi se destaca por sua capacidade de integrar análise técnica, gestão e visão estratégica no contexto esportivo, contribuindo para o desempenho e evolução de atletas e equipes.

Mylena Baransk

Mylena Baransk é doutora em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná e mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, onde também concluiu sua graduação em Educação Física – Bacharelado. Especialista em futsal com foco em análise de desempenho, atuou como docente em cursos do ensino superior e analista de desempenho no futebol.

Atualmente, exerce a função de analista de desempenho no Clube Atlético Mineiro, onde trabalha desde agosto de 2024. Antes disso, desempenhou a mesma função na Associação Ferroviária de Esportes entre março e agosto de 2024, atuando em Araraquara, São Paulo.

Além da atuação em clubes, possui experiência acadêmica como docente, tendo lecionado na UniCesumar entre julho e outubro de 2023, em Curitiba, Paraná. Também foi professora na UNIFATEB, onde atuou por quase três anos, de fevereiro de 2021 a outubro de 2023, em Telêmaco Borba, Paraná.

Com forte presença na área de análise de desempenho no futebol, também é CEO da Statisticsfut, onde se dedica ao desenvolvimento de conteúdos e estratégias voltadas à análise estatística e desempenho esportivo.

Nathália Arnosti

Nathália Arnosti é uma profissional de destaque na área de Fisiologia do Esporte e Preparação Física, com sólida formação acadêmica e ampla experiência no futebol brasileiro.

Bacharel e mestre em Educação Física pela Universidade Metodista de Piracicaba e doutora pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), ela construiu uma carreira marcada pela integração entre ciência e prática esportiva.

No cenário dos clubes, já contribuiu com equipes como Athletico Paranaense, Red Bull Bragantino, Palmeiras, Audax, Ferroviária e Ponte Preta. Em janeiro de 2024, assumiu o cargo de fisiologista do Cruzeiro, reforçando seu papel como referência no acompanhamento e otimização do desempenho esportivo.

Rodrigo Aquino

Rodrigo Aquino é professor na Universidade Federal do Espírito Santo, onde atua no Departamento de Desportos e como docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (Mestrado e Doutorado).

É líder do Grupo de Estudos Pesquisa em Ciências no Futebol (GECIF/UFES) e coordenador do Programa Academia e Futebol (Núcleo UFES), financiado pelo Ministério do Esporte. Seu trabalho envolve a coordenação de projetos técnico-científicos em parceria com categorias de base e equipes profissionais de futebol no Brasil.

Rodrigo é graduado em Educação Física e Esporte pela USP, com especialização em Ciências do Desporto pela Universidade do Porto. Concluiu o mestrado e doutorado em Ciências também pela USP. Acumula experiência prática no futebol desde 2015 como fisiologista e preparador físico em clubes profissionais, além de atuar como treinador e coordenador técnico em categorias de base. Reconhecido academicamente, está entre os 10 cientistas do esporte mais produtivos da América Latina em publicações científicas relacionadas ao futebol.

Neto Pereira

Neto Pereira é um profissional de preparação física e performance esportiva com experiência em clubes do Brasil e do exterior. Atualmente é Preparador Físico no sub-20 do Vasco da Gama.

Trabalhou como Head Performance and Fitness Coach no FC Semey do Cazaquistão (2024). Foi Preparador Físico no Confiança (2023-2024) e Head of Performance and Health no Avaí (2022-2023). Também exerceu o cargo de Coordenador de Performance no Confiança (2022) e trabalhou como Fisiologista no CRB (2021-2022) e no próprio Confiança (2019-2021).

Possui Mestrado em Saúde e Educação Física pela Universidade Federal de Sergipe e Especialização em Desempenho Humano pela Universidade Tiradentes (Unit). Suas principais competências incluem preparação física, análise de desempenho, força, potência e velocidade no esporte.

Rafael Grazioli

Rafael Grazioli, natural de Canoas (RS), é formado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde também concluiu mestrado e doutorado em Ciências do Movimento Humano.

Com nove anos de experiência atuando como coordenador científico e fisiologista no futebol profissional, ele passou as últimas três temporadas no Guarani de Campinas (SP) antes de ser anunciado pelo Criciúma em janeiro de 2025.